terça-feira, 21 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Algarve com Levante
No fim de semana passado, esticado para o feriado, descemos ao sul de Portugal para remar na costa sul do Algarve. É uma costa normalmente muito protegida, com mar calmo e pouco vento, que permite remar junto a grandes falésias e entrar em várias grutas.
Saímos da zona de Aveiro na terça feira à noite numa viagem de 9h de mitra. Depois de várias paragens ao longo do percurso, chegamos à Marina de Faro onde contávamos iniciar uma autonomia de 4 a 5 dias ao longo da Costa, com destino a Lagos.
O primeiro dia serviu para preparar os kayaks, deixar o carro no destino e regressar, e remar alguns km para sair da cidade. Foi um passeio com cerca de 5km pela Ria Formosa com a maré bem cheia a permitir navegar por entre a vegetação rasteira. Já perto da ilha da Barreta, onde pensávamos pernoitar, tivemos a sorte de passar por um bando de flamingos cor de rosa.
Depois de pararmos na Ilha da Barreta, reparamos que com o estado do mar um pouco alterado e com a maré cheia nocturna, corríamos o risco de ficar com o acampamento alagado. Assim, voltámos a pegar nos kayaks e acampamos num ilhote da Ria, perto das casas de uns pescadores que nos visitaram e ofereceram café quente e aguardente de figo, à mistura com uma prenuncia muito característica.
No dia seguinte acordamos cedo e com o céu limpo e tempo quente para podermos sair para o mar com a vazante da maré. Arrumamos o acampamento e carregamos os barcos durante algumas centenas de metros até à água que entretanto tinha recuado. Começamos a descer o canal com corrente forte até à Barrinha da Ria onde planeávamos entrar para o mar. No entanto, devido ao vento forte de Levante (contrário do que sopra na maior parte do ano) e mar revolto, voltamos a entrar na ria e subimos o canal junto à Ilha de Faro.
Depois de de passarmos a Praia de Faro, voltamos a parar os kayaks para espreitar o mar que continuava alto, e com o vento com tendência para aumentar. Apesar de ser possível passar as ondas e navegar ao largo, não iríamos poder remar junto das falésias como pretendíamos. Por causa disso, decidimos continuar na Ria e regressar a Faro. O percurso na Ria foi feito com uma mudança constante dos canais devida à subida da maré. Passámos por vários ilhotes e bancos de areia habitados por inúmeras espécies de aves que levantavam voo e voltavam a aterrar à nossa passagem.
Após algumas horas a remar pelo labirinto que se tinha formado chegamos a Faro. Uma vez que as previsões eram de vento forte de levante para todos os dias, tiramos os kayaks da água e apanhamos novamente o comboio para Lagos para resgatar o carro. Voltamos para carregar os barcos e, já tarde, seguimos para o parque de campismo de Albufeira.
No terceiro dia de manhã, depois do conforto de um parque de campismo com banho quente, fomos até à Praia dos Pescadores no centro de Albufeira. O plano era remar um pouco para visitar as grutas a Oeste da cidade mas como o estado do mar não o permitia, estivemos apenas a surfar na praia.
De tarde, seguimos para várias praias entre Albufeira e Armação de Pera, à procura de algum espaço mais abrigado do vento. Apesar de não remarmos mais nesse dia, andamos no topo das falésias para conhecer aquela zona de costa pelo lado da terra. Ao final da tarde voltámos para Albufeira onde fomos beber umas cervejitas e comer uma refeição quente sentados e de faca e garfo antes de regressarmos para o parque de campismo.
No dia seguinte, desmontamos o acampamento e seguimos para Lagos. De manhã, voltámos a andar a pé pelas falésias e praias entre Lagos e a Ponta da Piedade. Ai pudemos ver algumas grutas através das clarabóia e descer até ao nível do mar para vermos as ondas a entrar por entre as rochas.
Depois de almoço, paramos na praia de Lagos para mais uma sessão de surf. Estivemos várias horas na praia sem passar a primeira zona de rebentação das ondas. Deu para apanhar algumas ondas de frente e de costas, treinar apoios, sair da espuma, remar junto à praia, etc. Antes de regressarmos, numa tentativa de ultrapassar a zona de rebentação, fui virado pela onda maior que já apanhei (no Algarve.... vergonhoso).
Depois se secos e com o carro carregado, voltámos ao Norte numa viagem de várias horas e um kebab. Por volta das 3h da manhã de Domingo chegamos à zona de Aveiro e ficou o passeio Algarvio de Inverno terminado.
Apesar de termos planeado um passeio de 70km, e termos feito apenas cerca de 30km, foi um passeio interessante que permitiu conhecer a Ria Formosa, e descobrir que o mar do Algarve nem sempre é o "lago" a que estamos habituados.
Saímos da zona de Aveiro na terça feira à noite numa viagem de 9h de mitra. Depois de várias paragens ao longo do percurso, chegamos à Marina de Faro onde contávamos iniciar uma autonomia de 4 a 5 dias ao longo da Costa, com destino a Lagos.
O primeiro dia serviu para preparar os kayaks, deixar o carro no destino e regressar, e remar alguns km para sair da cidade. Foi um passeio com cerca de 5km pela Ria Formosa com a maré bem cheia a permitir navegar por entre a vegetação rasteira. Já perto da ilha da Barreta, onde pensávamos pernoitar, tivemos a sorte de passar por um bando de flamingos cor de rosa.Depois de pararmos na Ilha da Barreta, reparamos que com o estado do mar um pouco alterado e com a maré cheia nocturna, corríamos o risco de ficar com o acampamento alagado. Assim, voltámos a pegar nos kayaks e acampamos num ilhote da Ria, perto das casas de uns pescadores que nos visitaram e ofereceram café quente e aguardente de figo, à mistura com uma prenuncia muito característica.
No dia seguinte acordamos cedo e com o céu limpo e tempo quente para podermos sair para o mar com a vazante da maré. Arrumamos o acampamento e carregamos os barcos durante algumas centenas de metros até à água que entretanto tinha recuado. Começamos a descer o canal com corrente forte até à Barrinha da Ria onde planeávamos entrar para o mar. No entanto, devido ao vento forte de Levante (contrário do que sopra na maior parte do ano) e mar revolto, voltamos a entrar na ria e subimos o canal junto à Ilha de Faro.Depois de de passarmos a Praia de Faro, voltamos a parar os kayaks para espreitar o mar que continuava alto, e com o vento com tendência para aumentar. Apesar de ser possível passar as ondas e navegar ao largo, não iríamos poder remar junto das falésias como pretendíamos. Por causa disso, decidimos continuar na Ria e regressar a Faro. O percurso na Ria foi feito com uma mudança constante dos canais devida à subida da maré. Passámos por vários ilhotes e bancos de areia habitados por inúmeras espécies de aves que levantavam voo e voltavam a aterrar à nossa passagem.
Após algumas horas a remar pelo labirinto que se tinha formado chegamos a Faro. Uma vez que as previsões eram de vento forte de levante para todos os dias, tiramos os kayaks da água e apanhamos novamente o comboio para Lagos para resgatar o carro. Voltamos para carregar os barcos e, já tarde, seguimos para o parque de campismo de Albufeira.No terceiro dia de manhã, depois do conforto de um parque de campismo com banho quente, fomos até à Praia dos Pescadores no centro de Albufeira. O plano era remar um pouco para visitar as grutas a Oeste da cidade mas como o estado do mar não o permitia, estivemos apenas a surfar na praia.
De tarde, seguimos para várias praias entre Albufeira e Armação de Pera, à procura de algum espaço mais abrigado do vento. Apesar de não remarmos mais nesse dia, andamos no topo das falésias para conhecer aquela zona de costa pelo lado da terra. Ao final da tarde voltámos para Albufeira onde fomos beber umas cervejitas e comer uma refeição quente sentados e de faca e garfo antes de regressarmos para o parque de campismo.
No dia seguinte, desmontamos o acampamento e seguimos para Lagos. De manhã, voltámos a andar a pé pelas falésias e praias entre Lagos e a Ponta da Piedade. Ai pudemos ver algumas grutas através das clarabóia e descer até ao nível do mar para vermos as ondas a entrar por entre as rochas.
Depois de almoço, paramos na praia de Lagos para mais uma sessão de surf. Estivemos várias horas na praia sem passar a primeira zona de rebentação das ondas. Deu para apanhar algumas ondas de frente e de costas, treinar apoios, sair da espuma, remar junto à praia, etc. Antes de regressarmos, numa tentativa de ultrapassar a zona de rebentação, fui virado pela onda maior que já apanhei (no Algarve.... vergonhoso).
Depois se secos e com o carro carregado, voltámos ao Norte numa viagem de várias horas e um kebab. Por volta das 3h da manhã de Domingo chegamos à zona de Aveiro e ficou o passeio Algarvio de Inverno terminado.Apesar de termos planeado um passeio de 70km, e termos feito apenas cerca de 30km, foi um passeio interessante que permitiu conhecer a Ria Formosa, e descobrir que o mar do Algarve nem sempre é o "lago" a que estamos habituados.
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