segunda-feira, 30 de maio de 2011

Rias Baixas Galegas

No fim de semana passado fizemos uma jornada conoística pelas rias baixas galegas.

Comecei por sair de casa por volta das 9:30 de sexta feira e fomos rumando a norte com várias paragens para comer, beber, reunir equipa e também porque sim... Andar devagar e com vários enganos e lá para 7:30 da manhã chegamos ao nosso destino: Praia de Lanzada, O Grove.

Já que não eram horas de dormir, decidimos ir tomar o pequeno almoço e optamos por uma marisqueira junto ao porto de O Grove. Regressamos à praia e encontramos os nossos novos companheiros e amigos espanhóis. (Perdão, galegos...)

O plano do dia era fazer umas ondas na praia. No entanto, o vento decidiu soprar fraco e o mar decidiu baixar a vaga e a surfadela ficou escassa. Assim, preparamos um resgate rápido e depois de uma pequena brincadeira numas ondecas projetadas ao milímetro, começamos a circunavegar a península de O Grove.

O passeio foi espetacular. A água foi é a mais transparente que já vi, a costa muito recortada com muitas pedrinhas para contornar, a areia é clara, aparece muita passarada, peixes e por vezes até uns bacalhaus, não se pode pedir mais...

Assim, fomos navegando ao longo da costa a uma média de 1 ou 2 km/h, com tempo para passar por todos os recantos e cumprimentar todos os bichos vivos e pedrinhas que apareciam pelo caminho, e ainda para refrescar as ideias na água frequinha com algumas manobras e sessões de natação.

Para o almoço, paramos numa praia onde fomos recebidos da melhor forma com uns belos mexilhões cozidos em vapor, cervejinhas fresquinhas e ainda uns licores para sobremesa...



Depois de um bronzezinho e mais algumas brincadeiras na água (que incluiram transformar o kayak mais bonito num submarino), prosseguimos a volta até ao porte do O Grove onde estava o carro à espera. Pelo caminho ainda houve tempo para dormir uma pequena sesta dentro do kayak, e comer um pequeno lanche de mar.

Desembarcamos no porto, carregamos o atrelado e seguimos para o ponto de dormida: uma casa 5 estrelas cedida pelo Pombeiro para podermos passar a noite confortáveis. Voltamos a guardar o material e seguimos para a janta. Depois de jantar, pelo regresso à casa da dormida, passamos por uma grande celebração em honra da nossa visita por parte de grande parte da cidade. Muitos carro a buzinar, bandeiras, flares, canticos, grande festa (parece que também houve um joguito da bola qualquer e aproveitaram para comemorar também).

No domingo, seguimos até Limens para ir visitar as Ilhas Cies. Quando chegamos a Limens descobrimos que estávamos enganados no ponto de encontro e seguimos para a praia de Melide, junto ao Cabo Home, onde já nos esperavam os nossos amigos galegos...

Descarregámos o material todo, bebemos umas fresquinhas, e fizemo-nos à água. Enquanto não começamos a travessia, andei à procura de recordações marcadas no kayak e mandei-me numa surfadela para cima de pedras, com a água a fugir e deixar-me em seco... Seguimos então para a ilha. O mar/ria continuava calmo, mas já havia umas onditas para animar a passagem.

Desembarcamos numa praia para esticar as pernas e e voltámos à água rumo a sul com vento de frente relativamente forte. Descemos a costa do lado este da ilha norte e atravessamos o canal até à ilha sul para a almoçarada: ovos mexidos, chouriço, chispalhada, lulas e mechilhões, sopinhas e ananás e ficamos todos com o estômago reconfortado.



O plano para a tarde era contornar a ilha norte pelo lado Oeste, mas o inicio de uma pequenas tempestade com uns relâmpagos a animar a coisa incentivaram-nos a encurtar a volta. Voltamos então a atravessar para a ilha norte e regressamos para a praia de Melide numa linha reta, sempre à boleia do vento e com umas belas surfadelas nas vagas que levantaram um pouquinho.

Na chegada à praia ainda tentamos aproveitar para apanhar umas onditas, antes de bebermos umas fresquinhas (ou quentinhas) e arrumarmos a tralha para regressar. Para acabar em grande, a viagem de regresso acabou com um belo arroz de sarrabulho para o jantar.

O meu obrigado a todos os que participaram nesta bela missão, em especial ao Pombeiro e ao Mexillon que tão bem nos receberam...

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